Arquivo de 3 abril, 2010

Santa Cruz, o retorno!

Será o resgate de uma das camisas mais tradicionais do nosso futebol?

O Santa Cruz atravessa o momento mais delicado da sua história, está na quarta divisão do brasileiro, tenta reagir.

Ontem jogou como time grande. Precisava vencer o Botafogo no Engenhão, não podia ficar na defesa. E não ficou, chutou muito a gol, criou diversas oportunidades, não se abateu quando o Botafogo reagiu, jogou com uma vontade, com uma personalidade dignas de sua camisa.

Foi um prazer conhecer o time do Dado Cavalcanti, treinador que eu também não conhecia. Bem armado e corajoso, o Santa nos apresentou o Léo, autor do primeiro gol do time e dono do meio-campo. O tranquilo goleiro Tuti, que não teve culpa nos gols que sofreu. Dedé e Elvis que ajudam na marcação e alimentam muito bem o ataque formado pelo forte e destemido Brasão e o habilidoso Joelson.

A vitória foi merecida e fez um enorme carinho na sofrida, mas fiel torcida do Santa.

O Botafogo teve a infelicidade de presenciar a pior noite de Jeferson com a camisa do clube. Ele fez grandes defesas, como sempre, mas goleiro é assim, não pode falhar e ele falhou feio por duas vezes.

Mas não é o único culpado. O time todo parecia atordoado com o Santa Cruz, parecia esperar uma noite tranquila, de muita paz. O Botafogo errou muito, sobretudo no fim do jogo, quando havia empatado e não soube controlar o jogo, tocar a bola, fazer o tempo passar. Insistia em bolas longas, rifadas, dava a bola para o adversário. Não resistiu e está fora.

Tristeza para os botafoguenses que não esperavam por essa e alegria indescritível para a torcida do Santa Cruz, que há muito tempo não vivia felizes emoções como essas.

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Acertando as contas

Quanto valeria ao Tricolor uma classificação às quartas de final da Copa do Brasil?

Se passar pelo Atlético-GO, a Cobra Coral alcançará a sua melhor campanha.

Em 17 participações, o Santa Cruz conseguiu, no máximo, uma vaguinha nas oitavas, como agora, pela 7ª vez (veja AQUI).

Além de uma possível melhor campanha, ficando pelo menos entre os 8 primeiros do mata-mata, o clube poderá arrecadar uma verba excelente, para dar conta até mesmo da preparação para a Série D do Brasileiro.

Vejamos, apenas num exercício matemático…

Em caso de classificação, o Santinha receberá da CBF um prêmio e R$ 230 mil. Alguém duvida de um público de pelo menos 40 mil pessoas no Mundão do Arruda? Eu não.

Supondo que a média no valor do ingresso seja novamente de “R$ 9,8″, como foi o bilhete contra o Botafogo, na segunda fase (veja AQUI), a renda contra o adversário goiano poderia chegar a R$ 394 mil.

Nas quartas, o Santa enfrentaria Palmeiras ou Atlético-PR. Arruda cheio mais uma vez. Repetindo a arrecadação no Arruda, a verba total (2 jogos e prêmio pela vaga nas quartas) seria de R$ 1.019.867.

Repito: um milhão de reais.

Um valor suficiente para acertar muitas contas nesta temporada. Basta que Brasão acerte as suas contas com o Atlético-GO…

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Mesmo com desfalques, Santa enfrenta empolgado o Ypiranga

Do JC Online
Com informações do JC

Que desfalques que nada! Embalado pela heroica classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil, o Santa Cruz vai até Santa Cruz do Capibaribe, neste domingo, para enfrentar o Ypiranga, às 16h, no Estádio Otávio Limeira Alves, em clima de confiança, pela 19ª rodada do Campeonato Pernambucano

O time viaja, porém, com nada menos que sete desfalques. Devido a suspensões, estão fora os zagueiros Alysson e Luiz Eduardo, o volante Goiano e o atacante Brasão. Já Leandro Cardoso, Jackson e Natan apresentam lesão.
continuam no Departamento Médico.

Em meio a tantos desfalques, o técnico Dado Cavalcanti tem a boa notícia de contar com lateral-direito Gilberto Matuto, que já estava há quatro partidas sem jogar.

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João Alberto

Alegria – Depois da tempestade, vem a bonança. Após a tristeza com a não indicação para disputar o Senado, Fernando Bezerra Coelho teve uma grande alegria, com a sensacional classificação do Santa Cruz na Copa do Brasil.

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Azar na política, sorte no jogo

Preterido pelo governador Eduardo Campos para compor a chapa majoritária, FBC continua em evidência com a vitória do Santa Cruz

Na política, como no futebol, impera uma lei implacável: em uns dias se ganha e noutros se perde. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente de Suape, Fernando Bezerra Coelho (PSB), provou das duas porções em menos de 48 horas. Depois de sentir o gosto amargo da derrota ao ver frustrado o projeto político de ser candidato ao Senado na chapa com o governador Eduardo Campos, Fernando reencontrou a alegria na surpreendente vitória do Santa Cruz na Copa do Brasil, quinta-feira à noite. “Hoje é um dia feliz para mim e toda torcida tricolor: Santa Cruz 3 x 2 Botafogo”, postou, logo após a partida, no seu Twitter.

A vitória tricolor e a grande repercussão positiva conseguida pelo feito trouxe alegria e, principalmente, dividendos. Para os leitores de política que não acompanham o futebol de perto, uma informação importante: Fernando Bezerra também é presidente do Santa Cruz, clube de massa que cativa uma torcida apaixonada e fiel. Nascido, criado e votado em Petrolina, a presidência do Santa – somada evidentemente ao cargo que ocupa no governo do estado – trouxe visibilidade e reconhecimento público como Fernando nunca teve. Principalmente na Região Metropolitana do Recife, onde está concetrada a maioria absoluta dos torcedores tricolores e os projetos tocados por sua pasta.

Fernando Bezerra tem plena consciência da importância do Santa Cruz no seu fortalecimento político. Por isso, mesmo descansando com a família em Petrolina, o presidente tricolor usou o Twitter para convocar a torcida a receber o time com festa. Foram seis postagens desde o apito final do árbitro, no Rio de Janeiro, até o desembarque dos jogadores, no Recife, na tarde de ontem. Foi ele, por exemplo, que informou o horário do desembarque. “Santa Cruz chega às 15h 15min no Aeroporto. Convocamos toda torcida tricolor. Vamos ao aeroporto celebrar esta grande vitória!!!”

Página virada – A alegria exposta nas declarações do Twitter contrasta com a tristeza que ele deixou transparecer na entrevista publicada na edição de ontem doDiario de Pernambuco. Nela, um Fernando Bezerra ainda doído pela derrota no plano político, cogitava inclusive deixar a vida pública. Possibilidade descartada por todos os seus colegas de governo ouvidos pela reportagem. “Ele é um animal político. O desafio do governador agora é mostrar a Fernando que política é um dia após o outro”, falou um governista em reserva.

“Um dia após o outro” leva, claro, a 2012 e 2014. Mas para chegar nos próximos pleitos com capital político para disputar uma eleição majoritária com reais chances de vencê-la, Fernando Bezerra precisa levar o Santa Cruz à rotina das vitórias, fazer um trabalho com resultados e visibilidade na sua secretaria e torcer para que a sorte que bafejou o Santa Cruz contra o Botafogo passe a tocar também sua carreira política.

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Dado contém euforia

A torcida ainda comemora, e com todo direito, mas os jogadores e a comissão técnica do Santa Cruz já procuram esquecer a heroica classificação diante do Botafogo e se concentrar no desafio contra o Ypiranga, amanhã, pelo Campeonato Pernambucano. Sem poder contar com o ídolo Brasão, expulso diante do Sport, no último domingo, os tricolores apostam na boa fase quem têm atravessado para tentarem sua 11ª vitória na competição, na qual ocupam o terceiro lugar, com 32 pontos. Além de Brasão, os zagueiros Alysson e Luís Eduardo e o volante Goiano levaram o terceiro cartão amarelo e não poderão atuar.

Nas entrevistas dadas ainda no aeroporto, o técnico Dado Cavalcante fez questão de conter a euforia com a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil e colocar o foco novamente no Pernambucano. “A conquista da classificação nos remete a outras conquistas que ainda podem vir. Não podemos esquecer que só conseguimos isso porque temos consciência de onde estamos. Precisamos nos manter assim, com os pés no chão”, afirmou o treinador.

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Aeroporto Internacional do Arruda

Copa do Brasil // Torcida do Santa Cruz recepciona jogadores com uma festa digna de título após classificação heroica no Rio de Janeiro

Oficialmente, o estádio José do Rego Maciel localiza-se na Zona Norte do Recife, no bairro do Arruda, do qual tomou emprestado o nome com o qual é mais conhecido. Ontem à tarde, porém, o Arruda trocou de endereço. Durante cerca de meia hora, o Aeroporto Internacional dos Guararapes foi a casa da torcida do Santa Cruz, que invadiu o saguão para recepcionar os heróis que, um dia antes, haviam conquistado a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil diante do Botafogo.

Por volta das 15h, o avião que transportava o elenco e a comissão técnica tricolor ainda taxiava no pátio, mas o saguão já se encontrava lotado. Bandeiras, camisas, faixas e cartazes formavam uma massa branca, preta e vermelha que engolia tudo mais à volta e deixava os desavisados passageiros que não tinham nada a ver com aquilo ali com cara de surpresa. A classificação aconteceu a 2.300 quilômetros, mas a torcida tricolor tratou de trazer a festa bem mais para perto.

A recepção aos “guerreiros”, como eram tratados nas mensagens bradadas pela torcida no aeroporto, foi digna do feito. O Santa havia saído do Recife com uma derrota por 1 x 0 na partida de ida, diante do Botafogo, pela segunda fase da competição. Precisava de uma vitória fora de casa sobre o adversário, campeão da Taça Guanabara, o primeiro turno do Estadual do Rio de Janeiro. E o resultado veio, apenas aos 45 minutos do segundo tempo, de uma maneira que só acontece com aqueles que, antes de mais nada, acreditam que é possível.

O gol foi marcado por Souza, mas quem viu a festa realizada no aeroporto nunca poderia duvidar que o pé direito que desviou o chute meio torto de Joélson em direção às redes portava a força de toda uma multidão de tricolores. O próprio Souza esclareceu ao olhar para o portão do Desembarque Sul e ver do outro lado uma massa que fazia lembrar o Arruda em domingo de clássico. “Festa para receber um time eu já tinha visto, mas não com essa imensidão que é a torcida do Santa Cruz. Eles sabem o quanto nos ajudam e a festa é deles mesmo”, disse.

A chegada do voo foi às 15h15. Meia hora antes, o saguão já estava tomado pela torcida. “Parabéns, guerreiros” e “Dunga, preste atenção, o cara é Brasão” eram algumas das mensagens que podiam ser lidas em cartazes levantados para o alto. O Expresso Coral, ônibus oficial da delegação tricolor, estava estacionado logo em frente aos portões que dão acesso ao Desembarque Sul, mas esses poucos metros se tornaram uma longa caminhada para os jogadores e a comissão técnica, que apenas com a ajuda dos seguranças do aeroporto e do próprio clube conseguiam chegar ao veículo.

Nem a ausência de Brasão, autor do segundo gol da vitória por 3 x 2 sobre os cariocas, que havia ficado em São Paulo, atrapalhou a festa da torcida. Até os guarda-corpos do estacionamento, que dispunham de uma visão privilegiada do ônibus, ficaram repletos de tricolores e decorados com uma faixa da organizada Inferno Coral. O último jogador a tomar seu assento, o zagueiro Luís Eduardo, entrou às 15h30. O ônibus partiu então, levando atrás uma improvisada carreata pelas ruas de Boa Viagem.

Santa na Copa BR

17 participações (85 pontos, 46,4%)
61 jogos (81 GP e 80 GC)
24 vitórias
13 empates
24 derrotas

16 classificações e 16 eliminações (50% de de aproveitamento)

1ª fase 1999, 2003, 2007, 2008 e 2009
2ª fase 1996, 2000, 2001, 2002 e 2006
Oitavas 1990, 1991, 1994, 1997, 2004, 2005 e 2010*

* Em andamento

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Diario Esportivo

60 mil

Era uma tarde de sábado. Chegamos cedo ao Arruda, eu e José Gustavo, também repórter deste Diario, para a cobertura do último jogo da Série B de 2005. Nessa época os jornalistas dos veículos impressos podiam acompanhar as partidas dentro do campo. Tempo que você ficava mais perto da emoção do jogo. Eu fiquei no gramado. Atrás da trave mais próxima da avenida Professor José dos Anjos, a Avenida do Canal, para simplificar. Fiquei em pé ali durante todo o duelo com a Portuguesa. Vi de longe o gol da Lusa (aconteceu na outra trave). Vi de perto os dois gols de Reinaldo . Tudo ainda no primeiro tempo. Também de perto assisti a uma defesa excepcional do goleiro Cléber, já pelos idos dos 30 e tantos minutos do segundo tempo. Excepcional não. Inacreditável, milagrosa, salvadora. Vi o árbitro careca poucos minutos após os 45 apitar e decretar o 2 x 1 como placar final. Eu vi. E percebi, nesse momento, que o Arruda não era feito de cimento. Mas de abraços. De uma união que o clube quis relegar por quatro anos: 2006, 2007, 2008 e 2009. História que escapou da sua sentença fatal por causa da sua torcida. Dos seus abraços. Que voltaram a ser apertados na última quinta-feira. Desde aquele dia, 26 de novembro de 2005, nunca tinha visto o torcedor tricolor tão orgulhoso, eufórico e apaixonado como agora, no retumbar na heroica vitória sobre o Botafogo. Ouvi buzinas durante a madrugada, fogos, gritos e até assobios. Vi camisas servindo de suporte para sorrisos permanentes estampados em faces cansadas. De sofrimento ou comemoração exagerada, tanto faz. Vi, novamente, o Arruda com 60 mil tricolores espalhados pelas arquibancadas, geral, cadeiras e sociais. Não em 2005. Em 2010. Em breve.

Maior público // O público registrado na Série B de 2005 no jogo contra a Portuguesa é o maior desde então. Nem mesmo a Seleção Brasileira conseguiu superar a marca. No jogo contra o Paraguai, pelas eliminatórias para a Copa da África, no ano passado, público total de 56.682.

O maior mesmo // O maior público já registrado na história do Arruda foi na marcante vitória da Seleção sobre a Bolívia por 6 x 0, em 1993. Naquele dia foram registrados 96.990 torcedores nas dependências do estádio. Marca insuperável. A prudência e responsabilidade fizeram as autoridades “reduzir” a capacidade dos estádios brasileiros.

Sem defesa // Ouvi muitas pessoas criticarem Elvis por ter cobrado o pênalti do primeiro jogo contra o Botafogo. Na ocasião, defendi a postura do meia. Ele era o batedor oficial e não tinha porque ceder o lugar para Brasão ou qualquer outro. Na quinta-feira era diferente. Elvis quis mostrar atitude, mas esqueceu o bom senso.

Adversários // A expectativa de um Arruda completamente lotado para ver Santa Cruz x Atlético-GO é a mesma quanto a Sport x Atlético-MG, na Ilha. Até porque acredito que os dois pernambucanos têm plenas condições de superar os adversários e avançar na competição. Basta manter a “pegada” apresentada até aqui.

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