Arquivo de 13 março, 2010

O céu, por um instante

Além do prêmio de R$ 90 mil, a classificação à 2ª fase da Copa do Brasil rendeu ao Santa Cruz algo mais… A volta ao passado.

Rendeu a chance de voltar a enfrentar no Arruda um time do chamado “G-12″ do futebol brasileiro, que reúne os principais clubes de São Paulo, Rio, Porto Alegre e Belo Horizonte.

Na próxima quarta-feira, contra o Botafogo, o Tricolor vai quebrar um longo hiato. No Recife, a última partida havia sido em 26 de novembro de 2006, na 37ª rodada da Série A do Brasileiro.

Já rebaixado, o Tricolor levou apenas 1.525 torcedores ao Arruda, completamente vazio. Em campo, vitória de outro tricolor, o Fluminense, por 2 x 1. O cenário deverá ser bem diferente desta vez. A expectativa é de um público superior a 30 mil pagantes.

Contra o Fogão, do atacante uruguaio Loco Abreu, a Cobra Coral espera garantir o jogo de volta com um bom resultado. O otimismo já toma conta dos tricolores, que já estão, inclusive, organizando uma caravana para a Cidade Maravilhosa, para o possível jogo de volta, no Engenhão. Se acontecer, serão centenas de corais.

Diga-se de passagem que o Santa nunca jogou no moderno Engenhão, inaugurado em 30 de junho de 2007. Nessa época, o Santinha já estava na derrocada que parece finalmente ter estagnado. Fora de casa, o último confronto contra o G-12 também foi em 2006, em 3 de dezembro, na Vila Belmiro. Santos 3 x 1.

PS. Foi contra o Botafogo, em 30 de janeiro de 1919, que o Santa conseguiu a primeira vitória do Nordeste sobre um clube carioca, ao ganhar por 3 x 2. Manchete do Jornal Pequeno: “O Botafogo é derrotado pelos ‘meninos’ cá de casa pelo escore de 3 a 2″.

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Tanta grossura e quanta ternura

Obina até fez mais de um gol por dia na semana, mas Brasão é o cara, aquele que casa e batiza e faz vibrar o Santa Cruz

Amigo torcedor, amigo secador, sou devoto confesso das tais firulas e gracinhas desnecessárias, como julgam moralmente os distintos cavaleiros das mesas-redondas, mas outro encanto radical do futiba são os goleadores toscos que sabem, tanto quanto os gênios, fazer a bola morrer folcloricamente no fundo das redes.

Obina, que fez mais de um gol por dia na semana passada, é o herói do gênero no ano. O outro é o Brasão, do mesmo naipe e aparente grossura, fenômeno dos últimos dias no Twitter. Ambos infinitamente melhores e mais necessários do que Eto’o para os seus clubes. Os malacos devolveram a alegria que faltava ao Galo e à cobrinha do Arruda.

O anticraque do Atlético atingiu a imbatível marca de mais de um gol por dia na semana passada, com oito; o novo ídolo do Santa Cruz fez três decisivos, entre Copa do Brasil e Pernambucano, e devolveu a esperança à “poeira”, como se chama o lumpesinato que torce pelo tricolor.

“Brasão chuta de cabeça com os dois pés”, abismou-se a torcida coral -como o post do amigo Evaldo Costa- nas redes da internet. O cara, que passou pelos Atléticos goianiense e paranaense, devolve a alegria, a greia, a zorra, o chiste, após as tragédias corais. Brasão é o nome de todos os jogos, Brasão é o dono do Motoradio antes de começar a peleja, Brasão é o Zé Mayer ludopédico.

Brasão eliminou a lei do impedimento, dizem os tricolores. Brasão recebe a bola antes mesmo de ela ser lançada. Brasão é fenômeno, Brasão casa e batiza e estende seus poderes do cais até a chapada do Araripe.

Brasão seria melhor do que Obina? Desconfia-se, mas só Dadá Peito de Aço, do Galo e do Sport, o homem que matou a ideia de gol feio na história do futebol brasileiro, tem autoridade moral para o veredicto. Ele fez dois gols por dia no Recife, um para o almoço e outro para a janta.

Outro gênio dessa raça foi o Beijoca, principalmente no Bahia, mas também no Fortaleza e no Flamengo. E o Nunes não entraria nessa cota? Claro. O Chulapa era mais técnico e gênio em alguns momentos, como no chute na canela do bandeira e a pisada na mão do goleiro rei dos animais, que maravilha.

Que tal o Geraldão do Corinthians? Incorporava uns caboclos e haja munganga. Possuído pelos deuses do terreiro, tomava todas no mesmo dia da peleja. Quando a bola aparecia na sua frente, caixa, caixão e vela preta no gol inimigo.

Sim, o Fio Maravilha, o padroeiro do gênero, Mengo, o grosso que satisfaz, que tua estirpe nunca morra, amém. Salve os gênios toscos e voltemos à firula, porque dezenas de leitores pediram e costumo obedecer às demandas e aos orixás.

Para não dizer que não falei da firula e da gracinha tão condenadas após Santos x Corinthians. Talvez sejam as armas mais letais de um embate. Como ganham jogos!

Ora, por minar as forças morais do rival, óbvio. Porque a peleja, ao contrário do que sugerem os mais turrões e objetivos, não é só esquema e obediência tática. Nunca vi uma partida na qual houvesse um drible ou uma jogada humilhante em que o adversário conseguisse reverter o estrago. Mina os brios diante da massa, desestabiliza o mais disciplinado ganhador do Belfort Duarte, faz do atleta de Cristo um capeta.

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Jogo para carimbar permanência do Santa Cruz no G4

Do JC Online

O jogo contra o Vera Cruz, neste domingo (14), pela 15ª rodada do Campeonato Pernambucano pode ser considerado como a partida da afirmação para o Santa Cruz. Afinal, o time oscilou entradas e saídas do grupo dos quatro classificáveis para as semifinais do Estadual. Voltou ao chamado G4 na rodada passada quando venceu a Cabense.

Uma das esperanças do técnico Dado Cavalcanti em manter o time entre os melhores é a manutenção da formação. Desta vez, ele tem a opção de manter os mesmos titulares que venceram o América-AM, na última quarta-feira (10), pela Copa do Brasil. A única alteração que seria possível era a volta do artilheiro Joelson, mas ele será mantido na reserva.

Dado quer aproveitar o melhor entrosamento entre Souza e Brasão, embora considere a importância de Joelson para o elenco. “Eles estão mais entrosados. É como você escolher um par de talheres mais bonito para o seu jogo de jantar. Não vamos inventar”, salientou.

Sobre o adversário, o comandante coral acredita numa motivação maior devido à mudança no comando – o técnico Maurício Simões fará sua estreia. “A mudança de treinador pode significar uma alteração no sistema de jogo e devemos estar atentos a isso. Preparamos o time para enfrentar o adversário com dois ou três zagueiros”, apontou.

Na sua segunda partida com a camisa tricolor, o lateral-esquerdo Édson Miolo compartilha com a linha de pensamento do técnico. Para ele, o Vera Cruz vem motivado não só pelo novo treinador mas também para sair da incômoda penúltima posição – que lhe renderia o rebaixamento para a Série A2. “Por isso temos que entrar em campo com os pés no chão”, resumiu.

Ficha do jogo:
Vera Cruz: Gideão; Ricardo, Marivaldo, Valnei e Fábio; Edvan, Luís Carlos, Alemão e Felipe; Juninho e Rafael Freitas. Técnico: Maurício Simões.

Santa Cruz: Tutti; Gilberto Matuto, Leandro Cardoso, Alysson e Edson Miolo; Goiano, Leo, Jackson e Elvis; Souza e Brasão. Técnico: Dado Cavalcanti.

Local: Estádio Severino Cândido Carneiro, em Vitória de Santo Antão. Horário: 17h. Árbitro: Antônio André. Assistentes: Luciano Cruz e Ubirajara Ferraz. Ingressos: R$ 30 (cadeira), R$ 20 (arquibancada) e R$ 10 (estudante). Preliminar: Vera Cruz x Santa Cruz (juniores) às 14h30.

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Joelson busca recuperar logo a vaga de titular no Santa Cruz

Depois de perder um pênalti, jogador teve sua vaga preenchida por Brasão, o novo xodó da torcida

Da Redação do pe360graus.com

Joelson (foto), artilheiro do Santa Cruz, está no banco do time. Tudo porque o atacante Brasão conquistou o coração da torcida tricolor. Neste domingo (14), o time enfrenta o Vera Cruz, em Vitória de Santo Antão, às 17h e o matador não vai entrar no time titular,

“A gente fica um pouco triste porque ninguém quer ir pro banco, mas tenho certeza das minhas qualidades e vou lutar pra isso”, revela o atacante.

Joelson era titular até o jogo contra a Cabense, quando perdeu um pênalti. Desde então, tudo mudou. Para o técnico Dado Cavalcanti, este momento foi decisivo: “provavelmente ele sentiu o pênalti, sentiu sua confiança abatida”.

No inicio do Pernambucano, Joelson viveu situação parecida. Seria reserva de Gaúcho, mas o atacante não foi regularizado e Joelson ganhou a vaga marcando gols. Ele vai ter que esperar por uma nova oportunidade e torce para que isso não demore. O jovem atacante de 21 anos tem pressa: “tem muita coisa pra aprender, mas jovem quer se destacar logo novo”.

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Dado repete a escalação da vitória contra América

Técnico tricolor aposta na continuidade para conseguir se firmar no G-4 do Pernambucano

O técnico Dado Cavalcanti não promoveu nenhuma alteração no time que venceu o América de Manaus, na última quarta-feira, pela Copa do Brasil.

O treinador afirmou que quanto mais repetição na equipe, mais entrosamento os jogadores terão. A dupla de ataque Brasão e Souza, permanecem no time, e Joelson continua no banco.

O time que enfrentará o Vera Cruz, neste dmingo, em Vitória de Santo Antão, entrará em campo com Tutti; Gilberto Matuto, Leandro Cardoso, Alysson e Edson Miolo; Goiano, Léo, Élvis e Jackson; Souza e Brasão.

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Folha Esportiva

BOTAFOGO – Deu o que o torcedor do Santa Cruz esperava: o Botafogo do Rio será o próximo adversário do Tricolor na Copa do Brasil. A competição é a única que oportuniza o Santinha a medir força com grandes clubes do futebol brasileiro. Como se trata de uma disputa do estilo mata, mata, vamos torcer para o time de Dado Cavalcanti seguir adiante.

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Por enquanto, nada de pensar no Botafogo

Foram quase quatro longos anos sem enfrentar equipes da elite do futebol brasileiro que não fossem nordestinos. Na próxima quarta-feira, pela Copa do Brasil, o Santa Cruz terá pela frente o Botafogo, no estádio do Arruda. Entretanto, o técnico Dado Cavalcanti está tentando tirar da cabeça dos atletas tricolores, pelo menos por enquanto, a partida diante do time da Estrela Solitária, e focar as atenções no Campeonato Pernambucano. Amanhã, pelo Estadual, o Mais Querido, quarto colocado, com 24 pontos, encara o Vera Cruz, às 17h, no Carneirão, buscando se firmar de vez no G4.

No treinamento de ontem, realizado no estádio Ademir Cunha, em Paulista, o comandante coral parou bastante a movimentação. Nesses intervalos, Dado conversou com o time considerado titular. Encerrado o treino, novamente o treinador bateu um papo com os 11 atletas. Segundo o treinador, nada de bronca. A conversa foi para que os jogadores permanecessem focados no Galo e deixassem os alvinegros de lado.

“Na verdade, é um hábito meu conversar bastante com os atletas, mas hoje (ontem) a gente conversou um pouco mais. Um dos assuntos foi justamente a Copa do Brasil. Não existe o amanhã sem o hoje. É necessário toda a atenção diante do Vera Cruz, depois nós pensamos no Botafogo. O bate-papo foi bom, tenho que exigir o máximo deles”, afirmou o técnico.

Seja por falta de atenção ou não, o time reserva saiu de campo vencedor no coletivo de ontem. O gol da vitória foi marcado pelo atacante Marcelinho, logo no início da movimentação. Quem também estava atuando entre os suplentes foi Joelson. Sacado da equipe depois da vitória por 1×0 sobre a Cabense, jogo em que desperdiçou uma penalidade, o atleta nega que o erro na cobrança de pênalti o deixou abalado. “Só perde quem bate. Na hora, estava confiante e cobrei, mas em nenhum momento isso me abalou”.

Apesar do discurso de Joelson, Dado notou um abatimento no atleta. O treinador, inclusive, conversou com o jogador, ressaltando a importância dele, que é artilheiro do Santa Cruz na temporada, com oitos gols, para o grupo.

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Diario Esportivo

Grana boa // A vitória por 3 x 0 sobre o América-AM, no jogo da volta no Arruda, e a consequente classificação à segunda fase da Copa do Brasil renderam ao Santa Cruz uma boa quantia em dinheiro. De acordo com informações da CBF, o clube pernambucano vai receber R$ 90 mil por avançar na competição. Quarta-feira, contra o Botafogo-RJ, o Santa já deve ter garantida pelo menos uma boa renda.

Faz parte // Alguns torcedores do Santa Cruz andam com o pé atrás em relação à expectativa criada em torno de Brasão. Dizem que as manchetes de jornal e as reportagens elogiosas na TV podem “contaminar” o jogador e prejudicar o seu rendimento. Mas quem acompanha de perto os treinos do Santa diz que Brasão está imune. O estilo fanfarão é algo naturalmente integrado à personalidade do atacante.

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